A filosofia é laica desde seus primórdios, apesar do surgimento da patrística e da escolástica, momento em que a fé quer superar a razão. Esse período se prolonga por quase quinze séculos e marca a história do desenvolvimento intelectual do homem. A filosofia, por sua vez, resiste, fugindo do jugo do sagrado, da crença e do fenômeno da revelação. Firme no seu propósito, ela soube muito bem salvaguardar o seu maior tesouro, a razão, e com ela, faz um movimento especulativo grandioso em busca do saber legítimo.
Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, escreve aos dezessete anos, um texto genial do qual extraímos o seguinte fragmento: “Fomos influenciados sem ter em nós a força para uma ação contrária, sem mesmo perceber que somos influenciados. É uma sensação dolorosa, haver cedido a própria independência numa aceitação inconsciente das impressões exteriores, haver sufocado faculdades da alma pelo poder do hábito, e a contragosto haver enterrado os germes do extravio no fundo da alma”. Para ele, o dano no destino historial do homem é resultado do interdito gerado pelo período da filosofia na Idade Média.
A Filosofia é saber sobre todas as coisas, é um conhecimento dotado de movimento próprio e em perene construção, por isso, tem visão crítica e precisa rever o seu desempenho na sua trajetória histórica, visando encontrar seus erros e equívocos e, a partir daí, corrigi-los. Ela existe e subsiste no devir, o movimento que permite que tudo venha a ser. Sem ele não há realidade. Heráclito, pensador pré-socrático, percebeu muito cedo que na natureza tudo é movimento.
Para Heráclito, há o movimento, ele é imanente, é algo em si mesmo. Mas entre as coisas da natureza, há também o homem, e nele a autonomia, para que ela serve, senão tornar a subjetividade em legítima e autêntica objetividade. “Na profunda intuição de Heráclito, o universal, o logos, é o comum na essência do espírito, como a lei é comum na cidade”. (Paidéia, p.13).
Para finalizar, volto a citar Nietzsche: “O fato de Deus ter se feito homem indica apenas que o homem não deve buscar no infinito sua felicidade, mas fundar na Terra o seu céu; a ilusão de um mundo sobreterrestre levou os espíritos humanos a uma atitude equivocada perante o mundo terrestre: foi fruto de uma infância dos povos...”.
Portanto, se há autonomia, há também a vontade forte, e com elas, surgem os mundos e suas realidades, tais como: a cultura, a educação, a ciência, a arte, a política, a literatura, e outras tantas, e sem elas, tudo seria apenas um espaço geofísico, vasto, belo, porém, enfadonho. Por isso, Nietzsche pergunta, seríamos deuses independentes?
Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, escreve aos dezessete anos, um texto genial do qual extraímos o seguinte fragmento: “Fomos influenciados sem ter em nós a força para uma ação contrária, sem mesmo perceber que somos influenciados. É uma sensação dolorosa, haver cedido a própria independência numa aceitação inconsciente das impressões exteriores, haver sufocado faculdades da alma pelo poder do hábito, e a contragosto haver enterrado os germes do extravio no fundo da alma”. Para ele, o dano no destino historial do homem é resultado do interdito gerado pelo período da filosofia na Idade Média.
A Filosofia é saber sobre todas as coisas, é um conhecimento dotado de movimento próprio e em perene construção, por isso, tem visão crítica e precisa rever o seu desempenho na sua trajetória histórica, visando encontrar seus erros e equívocos e, a partir daí, corrigi-los. Ela existe e subsiste no devir, o movimento que permite que tudo venha a ser. Sem ele não há realidade. Heráclito, pensador pré-socrático, percebeu muito cedo que na natureza tudo é movimento.
Para Heráclito, há o movimento, ele é imanente, é algo em si mesmo. Mas entre as coisas da natureza, há também o homem, e nele a autonomia, para que ela serve, senão tornar a subjetividade em legítima e autêntica objetividade. “Na profunda intuição de Heráclito, o universal, o logos, é o comum na essência do espírito, como a lei é comum na cidade”. (Paidéia, p.13).
Para finalizar, volto a citar Nietzsche: “O fato de Deus ter se feito homem indica apenas que o homem não deve buscar no infinito sua felicidade, mas fundar na Terra o seu céu; a ilusão de um mundo sobreterrestre levou os espíritos humanos a uma atitude equivocada perante o mundo terrestre: foi fruto de uma infância dos povos...”.
Portanto, se há autonomia, há também a vontade forte, e com elas, surgem os mundos e suas realidades, tais como: a cultura, a educação, a ciência, a arte, a política, a literatura, e outras tantas, e sem elas, tudo seria apenas um espaço geofísico, vasto, belo, porém, enfadonho. Por isso, Nietzsche pergunta, seríamos deuses independentes?